quarta-feira, 30 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
Paixão ad eternum
Uma grande paixão, mesmo muito frustrada em sua promessa ou tentativa, sempre permanece num canto bem especial do coração. Impossível ignora-la ou ser indiferente.
Não dá pra esquecê-la por um motivo simples e conhecido: a vida é finita. A paixão na ocasião da explosão, um período agitado de furor que distorce a percepção das coisas, que coloca o corpo e a alma em harmonia e muda o eixo dos acometidos. Um acontecimento com 100% de pureza do significado da palavra. instante raro e eventual, marco! Momento onde você certamente lá na frente vai se lembrar e pensar: Ajo assim e sou assim porque senti aquilo e vivi isso e aquilo com aquela pessoa. Uma fase que tem valor porque nos constrói, aponta sentidos e direções, pois somos o que experienciamos e como experienciamos. E ao mesmo tempo, tudo isso só é possível nessa curta vida! Só nela é que podemos nos apaixonar, sorver de toda emoção que é amar! É ou não sagrado? E isso, vez ou outra, retorna a nós. Vez ou outra percebemos, sentimos isso...
Assim, por mais sofrido que tenha sido, depois da tormenta, as lembranças tratam de ser justas com o acontecido. É a gratidão podendo ascender após dissolver o orgulho. Urge dentro de nós a raridade do momento, a finitude da vida, e como são fascinantes os caminhos das coisas. É por essas e outras que uma paixão é, e pra sempre é.
terça-feira, 15 de março de 2011
O destino do amor
Eu nasci, chorei.
Cresci e a vi.
Amei e sofri
Morri.
Voltei e não mais amei.
Embotei, endureci e insisti
mas a vi e senti
Morri, mas amei
Sofri mas cresci
Chorei e nasci
e do amor eu vivi.
O não ver para crer
São nos momentos de bem-vinda solidão que sinto algo especial do mundo. As vozes se tornam mais altas e conseguem tocar meu peito. Me sinto cheio de pensamentos querendo transcender sua comum dinâmica. Querendo respirar, falar, pensar, tomar vida. Querendo desabafar o segredo que guardam as coisas. E assim, no momento ideal e raro de alinhamento entre discrição e vontade, o presente me assalta e, antes de sequer cogitar, sinto uma presença, um surto paranóico que coexiste naturalmente com a certeza da loucura. É a aceitação do que é grandioso, a aceitação do desconhecido, que não necessita de hipóteses da verdade. Nesse lampejo, o que desconheço é um vazio cheio que me faz sorrir chorando. E torno a tomar bom afeto pela imaginação, pela fantasia, pelo paradóxo e pela vida. Estou pronto novamente para produzir e me renovar.
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