quinta-feira, 17 de março de 2011

Paixão ad eternum

Uma grande paixão, mesmo muito frustrada em sua promessa ou tentativa, sempre permanece num canto bem especial do coração. Impossível ignora-la ou ser indiferente.

Não dá pra esquecê-la por um motivo simples e conhecido: a vida é finita. A paixão na ocasião da explosão, um período agitado de furor que distorce a percepção das coisas, que coloca o corpo e a alma em harmonia e muda o eixo dos acometidos. Um acontecimento com 100% de pureza do significado da palavra. instante raro e eventual, marco! Momento onde você certamente lá na frente vai se lembrar e pensar: Ajo assim e sou assim porque senti aquilo e vivi isso e aquilo com aquela pessoa. Uma fase que tem valor porque nos constrói, aponta sentidos e direções, pois somos o que experienciamos e como experienciamos. E ao mesmo tempo, tudo isso só é possível nessa curta vida! Só nela é que podemos nos apaixonar, sorver de toda emoção que é amar! É ou não sagrado? E isso, vez ou outra, retorna a nós. Vez ou outra percebemos, sentimos isso...

Assim, por mais sofrido que tenha sido, depois da tormenta, as lembranças tratam de ser justas com o acontecido. É a gratidão podendo ascender após dissolver o orgulho. Urge dentro de nós a raridade do momento, a finitude da vida, e como são fascinantes os caminhos das coisas. É por essas e outras que uma paixão é, e pra sempre é.

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