segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A dois passos do paraíso

O Fenômeno lembrado é sem limites. Alias, um acontecimento lembrado nada mais é do que o próprio fenômeno. Surge ali, uma vez mais e a cada vez, quente e mole, feito ao desfeito, pronto ao manejo. E desse mesmo jeito a história da lembrança - ou a lembrança da história - é sem limites. A história corre solta pelos campos Elíseos. Mas somente para aqueles dispostos a entrar de cabeça no jogo da vida. Aqueles dispostos a deixar desafiar os limites. Aqueles cujo o próprio mundo não é tão próprio quanto gostaria nem tão desapropriado quanto pensava. Um mundo ambíguo, mas transmissível. Um mundo de dois abraços, mas voltado sempre ao pungente esforço de tornar-se uno. Mundo onde realidade é um contexto. No Agora, o passado e o futuro estão sendo. Hoje, o passado, no futuro, serão vários. Todos eles prontos a te salvar. Seu presente é o que você faz do passado e o que projeta no futuro. No viver pleno da presença no presente, seu passado é um e é outro, conforme caminha. Para trás e para frente. Na diagonal ou em círculos. Seu futuro, também. Tendo de ser, você é. Mas possui a 'dádiva' de querer/poder ser o que gostaria de 'é'. Projetar-se. Assujeitar-se. Ser grande, pequeno, invisível. Indivisível. Compreende? Ser humano não é ser humano e ponto. Ser humano é ser humano ponto e vírgula, aonde em ser, tudo cabe. Aonde em ser, tudo enquanto possível, cabe. Não é loucura, não é relativo, não é caos. é o problematizar do possível a chave. E a fechadura.

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