Tudo pode; independente.
Esquenta o gelo, e ainda o derrama
Mente o senso, inventa luz, aviva o vivo
Encurta o mundo aqui, encolhe a vida ali
mas explode, explode e explode.
Explode a cada dia. Transcende a cada instante,
Nos torna impossíveis, surpreendentes ao olhar atento
Vitimas de nada, desorgulhosos e arrependidos
Rei, imperador e homem, sem necessidade do outro que afirme.
É o primeiro doce a cada momento; o último sentimento.
Coloca a incompreensão nas sombras, e o compreendido à sombra.
Assombra: O eu-sentido. Eu com sentido.
Quando vive a sua primavera...
...mas, como tudo que existe
Como tudo que nasce, vem à luz, pulsa e faz pulsar,
Afeto e afeta, acontece e muda,
possui, dentro - ou seria fora? - da primavera, o outono.
e desde então, sou só dúvida, só questão.
Sou só.
Eu e minha experiência, juntos e a sós. Eu e ela que até então fomos distintos de tudo e vivendo no nada sem qualquer constrangimento, agora precisamos encontrar um lugar, uma resposta, um apoio.
Encontrar um artesão. Aquele que tudo soube, tudo sabe e tudo saberá. Aquele que dará forma ao eu-amor, usando todo o concreto invisível, nos reenviando ao mundo.
Sei de tudo que posso fazer, mas nem de perto é isso que me deixa tranquilo. O que me impede o desespero é o acreditar na morte, no tempo, na mudança.
Na grandeza e na riqueza da vida, da existência e de sua versatilidade; independência.
Dela tudo espero, pra sempre e de novo; inclusive o velho novo amor.
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