segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Noites sem o sol e a lua...

Entra, liga a luz. Senta, prosa e ri. Abraça as pernas, olha, aceita e deita. Enlouquece, trama, projeta e ama. Acorda. Olha a cor da parede, medita e firma o chão. Veste o exato, obstinada. Já de costas, anda, apaga a luz e sai. Vulto.

A luz acende e o torpor ascende. Inflamo, tramo e projeto. Aventura no meu leito, ventura pro meu peito. Amo e consumo. Admiro assombrado, sorrio inocente e emboto. Acordo e contorno sua alma. Você já está de costas e prestes a vultuar. Escuridão.


Agi convicto do tempo a meu favor. Grande besteira, pois a noite sempre vem. De forma ou outra eu sabia disto. Mas não vislumbrava estar imerso a ela sem luar...

E é assim, nesse retórico nada ou na presença do seu vulto, que eu sigo me perguntando: Como me perdoar e esquecer o cheiro da sua rosa?

Nenhum comentário:

Postar um comentário