Nessa transformação súbita de espírito, é como se um corpo, antes completamente adormecido, vibrasse depois de uma luz branca lhe atravessar e dilatar repentinamente as pupilas. Após acomodar-se a nova configuração do mundo, inquieta-se com a verdade nua e crua. Com o desamparo produzido e, pior ainda, num cenário ainda inacabado, observa pontos cegos cheio de sugestões ao obvio, definitivamente desestruturantes e devastadores.
As bases sólidas se mostram prestes a segmentar. Adormecer - esquecer - permitiu que as rachaduras parececem inofensivas. Sentir a gravidade da situação foi consequência e, ao mesmo tempo, condição para o despertar. Enxergar o ocultado poderá ser o fim de tudo. A lógica, em ruínas, pelo menos não mais terá a presença dos nevoeiros. Porém, além disso, nada sei do depois.
Em verdade, neste momento, tudo é incerteza...
...menos a falta.
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